Andando na rua observo o que nunca parei para ver...
Olho um buraco no asfalto que aquele palio vermelho teima em não desviar. Mais na frente me parece que ele também não enxergará a mulher de 32 anos.
Outro dia e eu continuo acordando sem ver o que tem na minha frente, prefiro fechar os olhos e vizualizar a minha mão, qualquer uma delas, mas que sejam minhas.
Engraçado, falar isso dá uma sensação de liberdade egocêntrica que chega a assutar e a dar sonolencia a quem só pensa em dormir desde sábado... mas essa tarefa não é tão simples quanto parece, então ele põe a cabeça no travesseiro e canta, ironicamente, Beautiful Day do U2 enquanto Morpheus se esforça para fazer seu serviço bem feito... como ele estará se sentindo visto que falhou e vem falhando desde sábado?!
Paro na frente do cinema e percebo uma coisa: não sou o mesmo que saiu há 15 minutos de casa.
Então quem sou?!
Será que apenas sou sem mais nada a acrescentar?!
A que ponto cheguei... ou melhor, a que ponto pretendo chegar?!
Ao contrário do que disse antes, eu ainda não vi tudo, ainda não vi quem fui e não sei se pretendo ver quem serei...
Que droga! Por que eu tinha aprender a olhar pra Björk com outros olhos, ainda por cima lacrimados?!
Estado de espírito em constante mudança... hora pra baixo, hora um pouco mais fundo.
rsss
Brincadeiras particulares a parte eu diria que consigo acordar e dizer bom dia para quem passar na rua e, simplesmente, sorrir pra mim.
Mas digo que apenas isso, mais já é pedir muito.
[ Cripple and The Starfish - Antony and The Johnsons ]
3 comentários:
Bem interessante...as palavras são interessantes!Incrível como elas acabam nos tomando.
Sobre o bom dia...lindo seria se conseguissemos dizê-lo pra nós mesmos durante todas as horas de nossa vida e receber um lindo sorriso de gratidão!
Te amo,meu irmão!!
Bom, então passei para dizer bom dia também.
Palavras, palavras, palavras...boas palavras rs...
Chris lá do
www.de-ponta-cabeca.blogspot.com.
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