19 abril 2007

# Terça - feira ("O Inferno São os Outros")

Do Inferno de Albert e Allen Hughes
[ "Nada Vai Mudar Isto" ]
Por onde ando vejo absurdos vestindo roupas bonitas e com fina etiqueta. Tudo muito bem concebido pelo chão de um sociedade idealizada por eles.
Vivo no meio... vivo ao meio... vivo em meio a um caos que chamo de "casa". Ando tropeçando em placas de preconceito e reivento conceitos que me eram válidos há um ou dois anos atrás. Tropeço em sinais vermelhos e de interrogãção, me atrapalho num emaranhado de dúvidas e erros ortográficos. Estou sendo sinteticamente analisado diariamente, vivo a morfologia dos dias iguais!
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[ "Um Certo Alguém" ]

Parei numa esquina e observei a chuva que se aproximava... calma e cinzenta, aquela nuvem de "dia sem 'bom dias" se aproximava de lugar qualquer. Ao me ver, a melancólica expressão daquele céu, aquele pedaço de algodão esfumaçado cuidou em se apressar para alcançar meus passos, brincar de molhar meus pés.
Cheguei molhado ao metrô e encostou-se a mim alguém sem nome, um homem que me recordo o sorriso e o gosto (da conversa), mas que não gravei o nome.
15 minutos... ele foi embora e deixou-me seu cheiro numa camisa branca e surrada, falou-me algo sobre resfriado e acenou rapidamente com um sorriso no rosto.
Há um cheiro, um riso, um gosto, até mesmo um rosto... mas um nome... espero que a próxima nuvem triste soletre pra mim.
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[ "Exagerado" ]

Apoio tudo o que foi dito sobre mim... firme e concretamente.
Apoio aquilo que foi dado aos meus cuidados e apoio também quando dizem que, destes, descuidei.
Apoio quando falam mal de meus juízos e quando afirmam que sequer possuo um.
Apoio os que forem contra mim, suas opiniões e seus conceitos... não aceito.
Apoio as criticas e as puxadas de tapete.
Apoio os beijos no rosto e os abraços dos "falsos amigos".
Apoio as caracteristicas dos outros e respeito suas "ideologias"..., Agora escrevo!
Falo que, junto ao meu apoio, vai em anexo uma carta. Vai os relatos de uma vida sem culpa, cheia de erros, desenganos e muita felicidade; vai uma página inteira de momentos especiais e de "só mais um beijo". E no final estará escrito uma dedicatória onde agradecerei a todos os que me criticaram, aos que me insultaram, meus calorosos agradecimentos aos que me ignoraram e todo o carinho aos que me contrariaram, eles me fizeram crescer e entender que, se quero andar pra frente devo enfrentar as contrariedades e desviar das "pedras" do caminho ou, muitas vezes, retirá-las por inteiro.
Obrigado!
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[ "Fiz o Que Pude" ]
Tudo devo a você.
Ensinou o que sabia e mostrou que o amor dura mais quando estamos longe ou perto o suficiente para se fazer gozar. Sexo. Depois um ponto de ônibus e trivialidades... distantes, novamente, o amor dura mais, a saudade ajuda.
Depois vem a calmaria... você também mostrou-me isso na prática. E a saudade já não cumpre seu papel da melhor maneira, porém ainda há interesse em algo que, talvez, tenha ficado no início, algo que não conseguiu nos acompanhar.
Por fim o que dura mais não é o amor, são os momentos juntos. Estes continuam breves mas intermináveis. O que era suportável já não se suporta e a saudade não mais ajuda, irrita.
Você me ensinou isso, provou que era possível não querer mais o que ainda tanto se quer. Ensinou que é melhor abandonar o lugar que você ocupa por conveniência e procurar um ambiente em que possa realmente esticar os pés.
Passados todos os "poréns", você me ensinou a esquecer.
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[ "Com Você Meu Mundo Ficaria Completo" ]
Mergulhei naquele beijo e, se não fosse suas "previsões" de realidade chamando de volta, me perderia um dia alí. 24 horas, tuas costas em meu peito e teu peito em minhas mãos. Seria assim: simples e perfeito.
Janela aberta, tempo frio e beijo quente... seria sempre assim.
Adormeço no elevador pensando que meu destino não chega junto com minhas intenções... adormeço os olhos em suas mãos e penso que destino e inteções podem se encontrar.
Vejo aquele filme antigo que faz rir e pensar, leio o mesmo livro que li aos dez anos, bebo o vinho de que você tanto fala e rezo a mesma prece que juntou minhas mãos, pela primeira vez, com fé... um retrato, uma foto em sépia que vai se colorindo no passar dos minutos mas que torna-se preta e branca em certas esquinas, mas o verde-azul-vermelho-amarelo-e-branco sempre aparecem quando sopro a fotografia.
Você, meu melhor ditado, minha frase mais significativa e destino certo de minhas intenções, permanece alí, parado em minha frente, olhos fechados, mãos na cintura e beijo no meu beijo...
...Simples, perfeito.

5 comentários:

Egídio La Pasta Jr disse...

Você sumiu. Penso em você. Nas conversas. Na afinidade. Na inexplicável energia. Aí dá saudade...

Anônimo disse...

Como é doce e belo a realidade em sonho... Como é simples e descomplicado responder sim ou não...

FOXX disse...

texto lindo
lindo
lindo


perfeito como sempre
tava com saudade de me deliciar com as suas palavras

Anônimo disse...

saudade tua, só isso! Bjos, me liga amanhã, depois das 23.

Fabricio disse...

adicionadíssimo aos meus links favoritos - lá no meu blog!

abração!!!

=]