28 junho 2006

Vestido de nada.

Tempo Afora
[ Ney Matogrosso e Pedro Luís e a Parede ]

Onde mora a ternura onde a chuva me alaga
onde a água mole perfura dura pedra da mágoa
eu tenho o tempo do mundo tenho o mundo a fora
eu tenho o tempo do mundo tenho o mundo a fora

Quando o carinho acontece quando a garoa é macia
e se cura e se esquece a dor num canto vazio
eu tenho o tempo do mundo tenho o mundo afora
Onde a alma se lava aonde o corpo me leva
onde a calma se espalha onde o porto me espelha
eu tenho o tempo do mundo tenho o mundo a fora
eu tenho o tempo do mundo tenho o mundo a fora

Quando me lembro de tudo quando me visto de nada
e me chove e descubro quanto você me esperava
eu tenho o tempo do mundo tenho o mundo afora
...

Porque as vezes é necessário saber desviar os olhos e conter-se.
Foto: "Persistência da Memória" De Salvador Dalí.

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