20 julho 2010

Sem Acordes

"(...) Aquela gente encantada que chegava e seguia...
era disso que eu tinha medo, do que eu não ficava pra sempre."
[ Trecho de 'Era Uma Vez' de Antônio Bivar ]


Páro por aqui.
Poderia me valer dos clichês de filmes, mas não, ficamos combinados assim.
A verdade é que essa é a hora em que me entrego e, por fim, desisto.
Acabaram os nós... desataram, desgastaram, o embaraço ficou simples, afinal.
Acabou a primeira do plural.
Hora de começar a conjulgar outros verbos, vestir novos substantivos e darmos espaço a novos sujeitos.

Não consigo mais continuar de onde paramos... e onde foi mesmo esse lugar?
Tantas foram as vezes que já não sei como prosseguir com qualquer coisa, de onde quer que seja.
Resolvi romper.
Morro aqui hoje e permaneço assim por um tempo.
Sem acordes.

(...)
Uma música me fez lembrar dos nossos beijos...
Romântico, não?
Confesso que corri atrás dos primeiros anos, primeiros meses, dos primeiros.
Os últimos sempre soavam tão desesperadamente apaixonados, tão urgentes e, de uns tempos pra cá, tão saudosos que era como se cada beijo anunciasse o final de algo que era sempre adiado, sempre mascarado por esse nosso amor atropelado que insiste em bagunçar nossa rotina.
E ele será sempre nosso... o beijo, o amor, o romance, o sexo bom... todos eles.
Mas, sinto dizer, a persistência, agora, é apenas sua...
Comigo, apenas a saudade.

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