02 fevereiro 2011

Pause



O que me é dito nos últimos meses eu simplesmente não escrevo.
São tantas e tão soltas as palavras que oração nenhuma aceitaria abrigá-las. E mesmo que assim fosse feito, não creio que seria capaz de classificá-las. Sequer ouso tentar.

O estabelecido foi que tudo seria ritmado e posto em nossa cabeceira para que criássemos a história que nos fosse permitido exteriorizar. Meu ritmo era lento e compassado, o seu um belo de um bolero choroso.
Não fossem nossas diferenças pessoais, seria um casamento e tanto, mas também não era o planejado.
Pensando bem... nada era, certo?

 
"Se eu fosse a sua e não mais uma, as quatro luas eu lhe daria. Pra me tornar sua Maria, uma canção eu cantaria. Minha resposta ao que ouvi, a mais bela melodia, foi roubar pra minha história a sua poesia de outrora."

Não, não... isso não funciona mais comigo. E o ritmo lento e compassado era meu! deixe-me quieto e poupe-me de ouvir os seus boleros que de nada me servem.

Um ano é pouco tempo, e esse nem bem começou e você já me quer por enclausurado em planos que, ambos sabemos, nunca deixarão de sê-los?
Vamos ser um do outro e sermos dois, não quero multiplicar planos preciptados para não ter que dividí-los em poucos meses. Você mal chegou, nem sabe se fica e já não me quer solto pelos caminhos que sempre andei sozinho? audácia!... Audácia essa que tanto me agrada, mas não me ilude mais.

(...)

Dá um beijo e se despede sem pressa, sem prometer que liga ou que volta... simplesmente liga... simplesmente volta... ou simplesmente fica... deixa simples essa história que nem começou.

*Céu - Valsa Pra Biu Roque

Um comentário:

Robson Fernandes disse...

que texto lindo meu... atualiza mais vezes pô. qualquer coisa ta aí o meu http://cor-de-polen.blogspot.com/ (: