21 agosto 2006

Pedaços de um abril.

De repente, tudo o que era ontem, amanhã já não seria mais nada, apenas espera, lamento e destino...
O mesmo suor do esforço transformaria-se em tremores de pernas e bater acelerado no peito. Qualquer som derivado de uma tempestade nunca vinda anunciaria o fim ou um novo começo.

Mas ainda se podia voar e pensar que aquele músculo vermelho que bombeia vida em nossas veias exerce mais funções do que apenas avisar que o medo chegou. Aquele órgão vibrante e cheio de vigor ardia com o fogo saído dos lábios pertencentes aos olhos claros e a pele bronzeada, aos cabelos cacheados que rodavam por um dia numa corda frágil que unia dois sentimentos e apenas quatro mãos... o órgão visceral palpitaria novamente, ainda por medo, mas com uma conotação diferente, completamente nova, praticamente exposta nos lindos olhos antes suados, agora com brilho de possibilidades... agora com riso... cantando num tom tão agudo que sereia alguma ousaria chegar.

...

O grito chegou, a noite voltou rapidamente deixando de lado o dia que nem chegou a passar.
Junto do grito, a dor.
Junto da dor, a liberdade.
Na liberdade os sonhos... os desfeitos e os prestes a se realizar...
um grito nos olhos e o encontro do menino com a sereia...
um sonho nos lábios e o menino crescido conheceu o mundo... o seu mundo.

[Foto: Abril Despedaçado de Walter Salles - 2001]

3 comentários:

Anônimo disse...

confesso que nao li o post ainda.

ainda to na correria casual, mas acredito que ja ja eu volto. xD

e naoo! nao é carencia. hauhuah. eh que esses tempos brotou N pessoas me dizendo que leu algo no meu blog, gente que eu nao fazia a minima de que ao menos sabia que eu tinha blog. ai eu realmente me senti violentado. huaha

e simm! eu pagarei minha divida! o/

Anônimo disse...

eu acho que o encanto de conhecer o nosso mundo está justamente no fato da gente perceber que ele não existe, de fato. que ele muda o tempo todo.que ele é. foi. e será.

querido, obrigado pelo comentário. ele iluminou a minha noite. tive o dia mais difícil, fiz ainda uma peça agora de noite e foi muito difícil, como nunca antes. então ao chegar em casa, tuas palavras me aliviaram um tanto da tensão. me roubaram um sorriso de canto de boca. e me trouxeram uma leveza que busquei em outros olhos que hoje não encontrei. obrigado eu. obrigado. as portas estarão sempre abertas. não se intimide. entre. um abraço

Anônimo disse...

bom comeco